Se já é complicado tentar analisar uma barbárie como a que aconteceu esses dias, mais difícil ainda é saber que, daqui há uma semana - no máximo - ninguém mais lembrará de nada.
Depois daquele fuzuê habitual que ronda as redações, a morte do pequeno João Hélio Fernando Vientes, de seis anos, será esquecida, virará estatística. Infeliz hábito.
Pior é pensar que a partir de amanhã os blocos de carnaval estarão comendo soltos pelas ruas da Cidade Maravilhosa - aliás, quanto tempo será que o apelido ainda resiste?
É aquela coisa: de nada vale um corpinho bonito se o interior não vale nada. Use, abuse, e quando não quiser mais, jogue fora. Sem ressentimentos. Estrangeiros (noves fora, claro, os bacanas, cultos, que vem conhecer mais do que um bando - ou seriam umas bandas? - de bundas bronzeadas e torneadas) que o digam...
O carioca já está, faz tempo, anestesiado.
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. E aí?
09 fevereiro 2007
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4 comentários:
culpa do governo , que cobra impostos altos para caralho, bota o $ no bolso, nao cria emprego, ai um animal desse acaba na criminalidade
Junior, grande jogador de futebol disse: Chegamos no fim do poco. Caro bloguista, chegamos nao!!!
Todo dia cavamos mais um pouquinho e o poco a cada dia fica mais fundo.
Mordechai ben Chaim
é...o Rio de Janeiro continua lindo e é a saída mais rápida para o inferno. Não vale nem a pena perguntar onde estão os valores, essa pergunta já está calada faz tempo.
Escreva mais!
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