14 janeiro 2007

Reprise inédita


Um novo grande conflito é anunciado nos primeiros pixels de grande portal de notícias.
Nada de novas crises no Oriente Médio, diga-se. Trata-se do paredão da sétima (ou oitava?) edição do show de realidade holandês importado do Grande irmão.
O próprio jornasentador do programa - tem mérito, já esteve no lugar certo e na hora certa uma penca na história do homem - diversifica: já confessou viver dias de apresentadora loura de programa infantil quando os irmãos vão ao ar. Veste a peruca de Xouman ?

Todo irmão é filho, e todo filho tem pai - e esse pode escolher os filhos que tem. Dai vai, depois de tanta ninhada, deve ter ficado meio sem idéias e, na lezeira dos dias de verão, certamente pensou:
- Ah... Ando trabalhando demais! eu também quero um desanso!
Daí vai, simplificou. Aparou o bigode, deu um trato no cabelo e foi só: colocou logo oito machos fortes e tatuados, mais oito gostosonas daquelas que - tiro certo - já fizeram os meninos entrar no cio. Voilá! Simples como a vida deve ser, temos o que a produção tentava, tentava e, sabem-se lá os porquês, não conseguia antes: pegação!


Não mudem de canal: a gente volta já!


Hormônios em ebulição, o programa perde o que restava de significante: diversidade - nem tão cultural assim. Não importa se é night, noitada,balada, reggae - como um amigo de um amigo ouviu dizer que é como os baianos chamam; se o diário já parecia festa o tempo todo, agora lembra aquela boate antiga da Lagoa, persistente; aquele ponto final de todo mundo quando nenhuma outra saída vale à pena. Você sabe que vai encontrar as mesmíssimas pessoas sempre, mas não deixa de ir. Só que, de repente, o lugar está ficando mais sem graça e menos divertido.

Muda um sotaquezinho alí, uma gíria mais à frente... e dá no mesmo. É gente do mesmo nível, todo mundo meio playboy, meio o tipo que se encontra nas melhores boates que já cobraram consumação e hoje dão bônus na cartela: sem homosexuais, sem terceira idade, sem lavradores ou algum amigo pra fazer lobby. Bundas e peitos em êxtase, mas meio sem tesão: é o famoso "meia-bomba".

Alguém ouviu dizer que não queriam mais gente tão pobre porque o espectador fica com pena e aí o participante leva vantagem na briga pelo milho maior. Povo caridoso né?
Outro alguém sugere:
- Imaginem só se colocassem o Arnaldo Jabour, o Clodovil, uns pensadores e músicos na casa?

Melhor não.

Um comentário:

Anônimo disse...

a minha sugestão é a seguinte: fazer o freak brother. Botava na casa um metaleiro, um sambista, uma fã de britney spears, um politico de esquerda e outro de direita, um ex presidiário, uma patricinha, um anão e uma loira de comercial de cerveja, e o ancelmo góis!!!! aí a casa iria ficar super divertida