07 janeiro 2007

Poluição interna


Dj tiesto acaba de tocar em Ipanema - pico preferido de oito entre 10 gringos que visitam a cidade - para um público de mais de 100 mil pessoas. O show celebrara a abertura oficial dos jogos Panamericanos, o tão falado Rio 2007.

Showman é isso aí


Realmente, o homem botou os cariocas para dançar, e, mesmo quem não é chegado nos embalos da vertente eletrônica do eurotrance entrou na dança - literalmente.

Quem estava na praia viu aquele pessoal mais, digamos, de idade, em suas caras varandas de fronte ao Atlântico, meio curioso, meio sacando qual era a tal da "música eletrônica". Obviamente, a conversa ali, nem com um equipamento tipo 007 daria para ouvir, tamanhas eram as caixas de som empregadas no balaco. Mas de certo não seria diferente de "no meu tempo, as bandas tinham intrumentos, vocalistas... Ah, esses jovens..."

Epa! Voltando ao que ainda nem começou direito, espera aí: celebrar o que?
O trânsito no bairro de Manoel Carlos estava o Ó. Para piorar, os poucos PMs que por ali faziam a ronda não estavam para muitos amigos. Essa parte do roteiro, em Páginas da Vida - nosso produtinho tipo exportação - não entra...


A quantidade de carangas estacionadas nas calçadas beirava o ridículo. Todas coladinhas umas nas outras; e mais feio ainda, os "guardadores", que pediam o preço para "cuidar do carro" de acordo com a cara do cliente e a marca do veículo. Absolutamente normal.

Os catadores de latinhas faziam a festa. Carregavam sacolas e sacolas com a mesma velocidade e agilidade que um predador ao ver o almoço do dia - e não é isso mesmo?
Impressiona cessar o bate estaca por segundos na cabeça e pensar que estes míseros centavos, findo o dia, fazem a maior diferença no prato.
- Só jogo na areia porquê tenho certeza que eles catam (as latas), e precisam disso para sobreviver - justificava-se uma moradora de Ipanema. Mundo cão.

Noves fora, a quantidade de moleques - e, acreditem, mocinhas da mais alta estirpe Zona Sulista carioca - abrindo o ziper e mandando ver nos muros do Country Clube, nos jardins e nos postes (qualquer labrador faz suas necessidades com mais delicadeza); lixo sendo jogado ao léo no Atlântico.

Ponto para a falta de educação do carioca. Temos mesmo o que celebrar?

Um comentário:

Anônimo disse...

eh um colunista que tem um caso de amor com o rio! mt bom, alma carioca,