Depois daquele fuzuê habitual que ronda as redações, a morte do pequeno João Hélio Fernando Vientes, de seis anos, será esquecida, virará estatística. Infeliz hábito.

Pior é pensar que a partir de amanhã os blocos de carnaval estarão comendo soltos pelas ruas da Cidade Maravilhosa - aliás, quanto tempo será que o apelido ainda resiste?
É aquela coisa: de nada vale um corpinho bonito se o interior não vale nada. Use, abuse, e quando não quiser mais, jogue fora. Sem ressentimentos. Estrangeiros (noves fora, claro, os bacanas, cultos, que vem conhecer mais do que um bando - ou seriam umas bandas? - de bundas bronzeadas e torneadas) que o digam...
O carioca já está, faz tempo, anestesiado.
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. E aí?